Sinto que alguma coisa não está bem com o meu filho. O que devo fazer?
Enquanto pais, se sentimos que alguma coisa não está bem com os nossos filhos devemos partilhar com o pediatra e com os educadores.
Na maior parte dos casos, em que os pais sentem algum desconforto, existem sinais de alerta e por consequência motivos de preocupação.
O que podemos fazer para ajudar a criança?
O que faço, enquanto educadora, é valorizar as preocupações dos pais, observar atentamente a criança e fazer registos de observação.
Após esta observação, partilho-a com os pais e delineamos um plano de desenvolvimento com estratégias para colocarmos em prática e metas a atingir.
Contudo, nem sempre é o suficiente e é necessário recorrer a ajuda especializada.
De acordo com a minha experiência, o primeiro passo é sempre uma consulta de otorrinolaringologia, para garantir que não existe nenhum problema de audição que comprometa as perceções da criança, a linguagem, o comportamento, a concentração,…
Se houver algum comprometimento poderemos delinear o que fazer a partir daqui com a ajuda do especialista. Se em termos auditivos estiver tudo bem é importante recorrer a uma consulta de pediatria de desenvolvimento.
Neste momento, o pediatra irá avaliar e com toda a certeza irá ajudar a traçar um caminho.
Após este processo, o importante é que todos os agentes que se relacionam com a criança definam um plano de intervenção, onde se definem as áreas a estimular e as áreas mais fortes da criança.
A individualidade da criança, as suas caraterísticas e a sua família devem ser valorizadas e esses devem ser os alicerces para delinear o plano.
É fundamental que haja coerência entre as práticas educativas e a atuação nos diversos ambientes que a criança frequenta.
E quanto mais cedo atuarmos, melhor. A Intervenção Precoce, em Portugal, ocorre entre os 0 e os 6 anos. É nesta fase que o desenvolvimento e a aprendizagem decorrem com maior rapidez devido ao desenvolvimento cerebral.
Cabe-nos a nós, adultos, não perder tempo e ajudar a criança a chegar mais longe! Não é um processo que termine.
De cada vez que um patamar é alcançado, não se esqueçam de delinear o próximo!
Em resumo: O que podemos fazer?
- Observar;
- Fazer um despiste auditivo;
- Consultar a pediatria de desenvolvimento;
- Definir um plano de atuação nos diversos ambientes;
- Intervir;
- Reavaliar (constantemente)...