Afinal o que é a inclusão?

Este conceito encontra-se muitas vezes implícito nas preocupações constantes dos pais.

O conceito “inclusão” entrou na nossa sociedade e toda a gente fala nele, desde a política à educação. Mas o que é incluir?

Incluir é antes de mais não excluir. Apesar de parecer ridículo, esta é a base que devemos ter presente!

Deparamo-nos com o decreto lei 54/2018, o perfil do aluno, as aprendizagens essenciais, as medidas de produção de sucesso escolar,.... e percebemos que para a inclusão ser vivida é preciso estar em permanente evolução, é preciso uma qualidade de ensino-aprendizagem para todos e para cada um, não deixando nenhuma criança para trás.

Não pode existir uma taxa de sucesso de 90%, não há 10% que possam ficar lá atrás!

Continuamos a ouvir falar sobre a importância da igualdade. A igualdade não pode ser dar tudo a todos da mesma forma. A igualdade tem de ser vista da ótica de quem a recebe. Em termos escolares sabemos que todos os alunos têm objetivos comuns: essa é a igualdade. O caminho para lá chegar não pode ser o mesmo, aí entra a equidade.

A diferença existe na nossa sociedade e não tem de ser rotulada, classificada nem excluída. Se queremos uma mudança de paradigmas, não há melhor lugar do que a escola para começar. A escola é o lugar por onde passam a maioria dos adultos de amanhã e eles podem mudar o Mundo!

Quem está num ambiente escolar sabe que os desafios são permanentes, o mundo muda a cada instante, as estruturas familiares são diferentes umas das outras. As vivências das crianças, a educação, os microssistemas dos quais fazem parte são muito diferentes. Como é possível pensar que vão aprender da mesma maneira?

É um desafio diário.

Os conteúdos vêm nos livros e estão disponíveis até à distância de um clique. A educação não vem nos livros. A educação faz-se com pessoas, com famílias, com vivências, com dificuldades reais em contextos específicos. O que procuramos, crianças ou adultos, é estar incluídos, é fazer parte, é sermos valorizados pelo que somos, sem um mas…

Os decretos estão redigidos.

A sociedade e a educação, porém, só evoluem com pessoas, com pais, com professores...

Para mim, a inclusão é:

  • respeitar a criança;
  • confiar na criança;
  • avaliar potencialidades;
  • valorizar as caraterísticas e as vivências individuais;
  • acreditar que cada criança potencia o desenvolvimento de todas;

As crianças têm dificuldades, competências e histórias para contar, que moldam a sua forma de ser, de estar e de viver.

Nós, professores, educadores e pais temos o dever de os ajudar a construir o seu caminho para que consigam alcançar a meta! Temos também o direito de os aplaudir e congratular nas suas conquistas!

Sim, porque juntos somos mais fortes e fazemos a diferença!