O nosso filho tem medo do escuro. O que devemos fazer?

Os medos existem durante a vida toda e são até necessários, pois permitem-nos ter cuidado em situações que nos devemos manter alerta.

Contudo, entre os 2 e os 6 anos, os medos têm uma maior incidência: medo de animais, medo do escuro, medo de monstros, fantasmas, morte, barulhos, …

O que devemos fazer enquanto pais?

  • Devemos escutar a criança e mostrar empatia;
  • Nunca ridicularizar os medos para que a criança consiga expressá-los;
  • Escutar, com tranquilidade (afinal, na maioria dos casos os medos são passageiros);
  • Falar destes medos apenas quando a criança os aborda. Não lhes dar demasiada importância.

 O que fazer quando não quer ir a uma divisão da casa sozinho?

  • Tranquilize-o: "Acende a luz . Eu estou mesmo aqui, se precisares de alguma coisa”.

O que fazer na hora de dormir?

  • Acenda a luz e mostre o que está no quarto. De seguida, apague e diga: “Vês? Esta sombra é do teu peluche, esta é do teu armário, dos brinquedos." Volte a acender a luz e mostre que está sempre tudo no mesmo sítio.
  • Diga “Estou aqui, está tudo bem.”.
  • Proponha-lhe dormir com um boneco (o preferido).

E durante a noite, quando vier ter à nossa cama?

  • Demonstre tranquilidade e encaminhe-o novamente para o quarto, dizendo: “Vês, está tudo bem. A mãe e o pai estão aqui, mal chamas nós vimos ter contigo.”

Cá em casa, utilizamos inclusivamente uma música calma e relaxante. Sempre que acordava ligávamos novamente a música e dizíamos: “Agora pensa em coisas boas e vais ver que vais dormir muito bem!”

O facto de estarmos sempre lá a demonstrar que está tudo bem, ajuda a criança a gerir o seu medo e a enfrentá-lo aos poucos.

Se a situação persistir e os medos se forem acumulando, não deixe de falar com o pediatra para ter uma opinião.

Agora lembre-se que todas as crianças têm medo e nós, como pais, devemos escutar, apoiar e ajudar aos poucos a enfrentar, estando sempre por perto para que se sintam compreendidos, seguros e amados.

"Não, não é nada fácil.

Eu sei as noites que fiquei sem dormir a pensar nos medos do meu pequenino!"